Criar um filho com hiperatividade

Criar um filho com TDAH (DDA) pode ser incrivelmente desafiador para qualquer adulto. e envolvidos na educação dessa criança ou adolescente devem redobrar seu empenho: terão que supervisionar, monitorar ensinar, organizar, planejar, estruturar, recompensar, guiar, colocando sempre os limites de forma clara. Nos aviões, quando estão acompanhados por filhos pequenos, a recomendação é: “- Em caso de despressurização da aeronave, os devem colocar as máscaras em primeiro lugar e somente depois nas crianças” Assim deve se dar no caso da TDAH (DDA): os devem rever-se (na grande maioria dos casos é hereditário), conhecer profundamente o transtorno, tratar-se para aprender e ter estrutura para lidar com seus filhos. Apesar da grande necessidade do portador sentir-se amado, aceito, protegido e compreendido, geralmente irá chamar a atenção de maneira pouco amável, senão desastrosa, já que se sente inadequado, diferente e com baixa auto-estima.
É preciso muito amor para enxergá-los através do seu comportamento, lembrando-se sempre de suas limitações e de suas reais necessidades.
É vital para todo ser humano receber atenção, carinho e reconhecimento. Em função disso, todo comportamento pode ser estimulado, reforçado ou anulado através de 3 reforços:

1o – Reforço Negativo São críticas, reprimendas, castigos, punições, etc., como reacção a todo comportamento negativo, inadequado. Como no caso do TDAH (DDA) costumam ser muitos, é através desses reforços negativos que a criança/adolescente costuma receber atenção dos que os rodeiam gerando ressentimento e hostilidade na relação. Isso faz com que o comportamento negativo aumente (afinal é só assim que o notam). Essa hostilidade pode também levá-los ao isolamento.

2o – Reforço de Extinção Se é vital para o ser humano ter atenção, carinho e reconhecimento, é mortal ser ignorado. Para se anular um determinado tipo de comportamento, a melhor técnica é ignorá-lo. Se um comportamento não chama a atenção dos demais, provavelmente aos poucos será extinto.

3o – Reforço PositivoSão carícias físicas, palavras afectuosas, elogios e reconhecimento por positivos. Esse tipo de reforço faz com que o indivíduo empenhe-se nesse padrão de comportamento positivo para continuar sendo notado, reconhecido e elogiado.

 

Dicas para mudança de comportamento Não usar reforços negativos, somente em último caso, para que os comportamentos negativos não sejam reforçados e aumentados. Usar reforços de extinção – um comportamento sem IBOPE provavelmente sairá do ar. Usar reforços positivos – Se a qualquer comportamento adequado (mesmo que para pais e professores não passe de mera obrigação), houver recompensa e/ou reconhecimento, esse tipo de comportamento tende a aumentar cada vez mais. Quando você quer mudar um comportamento indesejável, decida por qual o comportamento positivo quer substituí-lo. Depois de ter reforçado esse novo comportamento positivo frequentemente por no mínimo uma semana, comece a punir o comportamento aposicional indesejável, com punições brandas, como por exemplo a perda de privilégios. Mantenha sempre a relação de uma punição para três ou mais situações de elogio e recompensa. A tendência é a extinção natural das punições. Infelizmente em face da dificuldade de lidar com filho/aluno com TDAH (DDA), os pais e professores podem perder a perspectiva dos seus objectivos. Podem tornar-se irritados, impacientes, confusos e enfurecidos quando suas tentativas iniciais não funcionarem. Respire fundo e lembre-se que o adulto, o técnico, o educador e treinador é você:
É necessário muita sabedoria e paciência para equilibrar amor com regras e limites claros na educação. O objectivo é preparar essa criança e/ou adolescente para viver em sociedade, sentindo-se integrado, com boa auto-estima, sabendo respeitar limites (seus e dos outros), regra fundamental para amar e ser amado. Tente olhar de fora da cena, como se fosse um estranho imparcial, racional, sem qualquer envolvimento . Enfoque o comportamento negativo, deficiente e destrutivo que você quer mudar, lembrando sempre que seu filho/aluno tem uma incapacidade, uma dificuldade, e não falta de carácter: ele(a) não consegue controlar o que fala ou faz e com certeza tem qualidades e potenciais a serem valorizados.
É MUITO MAIS DIFÍCIL DECEPCIONAR ALGUEM QUE CONFIA EM NÓS. Dicas de supervisão e controle adequado e positivo Pais/professores devem colocar limites claros e objectivos, dar instruções positivas e focadas, como por exemplo: “- Comece agora a lição de matemática”, no lugar do vago “- Preste atenção!” Dê responsabilidades com tarefas simples para que se sintam necessários e valorizados. Sempre que possível motive-os com desafios viáveis, proporcionando avaliação frequente. Desenvolva sistema de créditos, pontos ganhos por dia quando têm boas atitudes ou iniciativas. A penalidade é a perda de bónus a cada infracção cometida.
A gratificação é os prémios a serem estabelecidos.Não provocar constrangimento nem menosprezar o filho/aluno por suas dificuldades, nem compará-lo com irmãos ou colegas, principalmente na frente destes. Usar criatividade e flexibilidade para gerar um programa pedagógico adequado às dificuldades do TDAH (DDA). Em sala de aula, colocar a criança/adolescente na frente, perto do professor(a) ao lado de colegas que não o distraiam. Proporcionar trabalhos em grupos pequenos e favorecer relações sociais. Lembrar-se da inabilidade em sustentar a atenção por muito tempo: 12 tarefas de 5 minutos cada, dão melhores resultados do que 2 tarefas de 1⁄2 hora. Mandar por e-mail as tarefas de casa, datas de trabalhos e provas para o aluno (muitas vezes ele(a) não consegue copiar tudo que foi colocado na lousa ou anotar o que foi falado em sala de aula. Favorecer frequente contacto entre pais, professores e profissional que cuida do filho/aluno.